A experiência turística em narrativas de viagem : uma tentativa antropológica no ciberspaço
Fecha
2015-11-27Autor
Camargo, Henrique Patto Pinho Vieira de
Orientador
Santos, Rafael José dos
Metadatos
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Fruto da constante movimentação de um turismólogo tentando se ambientar ao olhar antropológico, e suas nuances etnográficas, este trabalho busca complexificar a compreensão e utilização da(s) Experiência(s) Turística(s), tanto pela academia científica, como pelo “trade” turístico. Enquanto busca subsídios teóricos para compreensão proposta pela Antropologia da Experiência, de Victor Turner e Edward Bruner, e sua abordagem científica de uma Experiência, que destaca sua forma processual e ritual, pessoal e subjetiva, este trabalho tenta compreender porque uma história de vida só pode ser percebida e sentida pela pessoa que experiencia as realidades que defronta, nos diferentes espaços em que circula, ao longo de sua vida, e expressada da forma que desejar e conseguir representar. Imerso no ciberespaço, ao mesmo tempo em que experimenta metodologias para emersão de pistas nesse universo aberto, não fixo e plural, que possibilita expressões descentralizadas e desterritorializadas, de acordo com os interesses e diretrizes significativas de cada pessoa que as externa, busca narrativas em blogs de viagens que possam expressar as representações das pessoas a respeito de suas experiências turísticas, envoltas (frente) a um fenômeno que desloca indivíduos de seu cotidiano espaço e tempo, como o turismo, que, ao mesmo tempo, possibilita momentos de estranhamento, de confrontamento dramático entre seus conhecimentos prévios e a realidade a sua frente. Parte-se da compreensão de cultura como uma rede dinâmica de interações, construída por cada indivíduo ao longo das relações vividas na sua existência e pelos deslocamentos proporcionados pelo turismo e pela comunicação, como no caso da rede de relacionamentos estabelecida a partir do interesse comum pelas viagens, apesar de cada personagem presente expressar diferentes perspectivas sobre o assunto. A partir disso, questiona-se a compreensão de uma experiência turística a partir de suas estruturas físicas e fixas, sendo os personagens principais e cognoscentes de todo esse processo, pessoas com suas próprias diretrizes significativas e relações espaço-temporais diante das diferentes realidades que experienciar, conforme suas próprias bagagens de vida.