Docência e qualidade de vida em tempos de pandemia/pós-pandemia: uma análise nas trilhas da biopolítica na contemporaneidade no Município de Touros/RN
Abstract
A presente dissertação constitui-se um estudo quali?quantitativo sobre "Docência e qualidade de vida em tempos de pandemia/pós-pandemia: uma análise nas trilhas da biopolítica na contemporaneidade no município de Touros/RN". O problema a ser trabalhado se aplica no objetivo geral desta pesquisa que pretende analisar a possível relação da qualidade de vida na docência nos profissionais da educação do município de Touros/RN, em tempos de pandemia/pós?pandemia, buscando apresentar alternativas que possam contribuir no cotidiano escolar, tais como mudanças de comportamentos, organização do ambiente de trabalho, readaptação dos processos de trabalho e controle do estado de saúde dos docentes. Procedimento metodológico caracteriza-se como pesquisa de campo, descritiva, de método fenomenológico, classificada como pesquisa básica por sua natureza, e abordagem quanti-qualitativa.
O estudo ocorreu em três unidades escolares da rede municipal de ensino, com professores de sala de aula de turmas do 6º ao 9º ano do ensino fundamental II. Foram aplicados 26 questionários WHOQOL-bref, e realizadas seis entrevistas semiestruturadas com questões baseadas no modelo de Walton (1973). Como
referencial teórico foram nortes: Qualidade de vida na concepção integral da condição humana através de Limongi?França (2007); Administração de recursos humanos através de Chiavenato (2009); Conceituação da saúde, e estado de bem-estar através de Dejours (2009); Olhares, práticas e processos educacionais estão remetidos às pesquisas Freire (2005); Nóvoa (1999); Libâneo (2011); Tardif e Lessard (2008); e a Biopolítica na ideia de Foucault (2008). Para a análise dos dados foram utilizados elementos da estatística descritiva: frequência, média, moda e desvio padrão. Os resultados apresentados quanto ao Questionário WHOQOL-bref demostraram maior prevalência para satisfeito, remetendo a resposta unimodal, destaque para o Domínio Geral, com 59,62 (qualidade de vida e satisfação com a saúde), e o menor destaque para Domínio Meio Ambiente, com 38,46 (segurança física e proteção; ambiente do lar; recursos financeiros; cuidados de saúde e sociais: disponibilidade e qualidade; oportunidade de adquirir novas informações e
habilidades; participação e oportunidades em recreação ou lazer; ambiente físico e transporte), com desvio padrão de maior dispersão ± 0,244 para o Domínio Psicológico, e apresentando resultado mais homogêneo para o Domínio das Relações Sociais, ± 0,059. Destacando atenção nos resultados para pouca satisfação entre os itens, no Domínio Físico para dor e desconforto com 30,77%, no Domínio Psicológico para a espiritualidade, religião e/ou crenças pessoais com 65,38%, no Domínio Meio
Ambiente para oportunidade de adquirir novas informações e habilidades 69,23%, recursos financeiros 38,46% e ambiente físico 34,62%. Ao comparar os dois instrumentos Questionário WHOQOL?bref e a Entrevista Semiestruturada (Walton 1973), observando maiores aproximações do Domínio Físico (Faceta 18 -Capacidade de trabalho), com a Dimensão II (condições de trabalho) com um percentual de 7,12%. Houve maior disparidade entre o Domínio Relações Sociais e a Dimensão VII (trabalho e espaço total de vida) com uma diferença de 39,59%. Conclui-se que os docentes estão insatisfeitos quanto a segurança física, proteção, ambiente do lar, financeiro, cuidados de saúde, oportunidade de novas informações,
oportunidades em recreação ou lazer; ambiente físico e transporte. [resumo fornecido pelo autor]