Bioatividade da cera industrial de lima-ácida (Citrus latifolia Tanaka) sobre Cryptotermes brevis Walker
Mostra/ Apri
Data
2014-05-22Autore
Loss, Ana Carolina Sbeghen
Orientador
Barros, Neiva Monteiro de
Metadata
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O potencial da cera industrial de lima-ácida foi avaliado para o controle de Cryptotermes brevis, espécie de cupim-de-madeira-seca introduzida no Brasil, a qual causa sérios danos econômicos ao Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural e bens em geral. Foram considerados os parâmetros de mortalidade, efeito anti-alimentar e ação sobre o simbionte intestinal do gênero Foaina. Os compostos presentes na cera, tanto na fração volátil quanto na não volátil, foram identificados, avaliando-se sua bioatividade. Todos os bioensaios foram preparados utilizando-se como substrato corpos-de-prova de Pinus sp., tratados com a cera e suas frações. Nos bioensaios com a cera observou-se altas taxas de mortalidade em concentrações de 50, 75 e 100 mg/cm3, sendo o valor da concentração letal mediana (CL50) de 32,76 mg/cm3, com tempo letal mediano (TL50) de 38 dias. Após 6 meses, verificou-se persistência da ação anti-alimentar. Nos tratamentos com a fração não volátil, a concentração efetiva para reduzir em 50% a alimentação (CE50) foi de 11,68 mg/cm3 (com IA ³ 50). As frações 2, 3 e 4, obtidas por VLC e analisadas por GC-MS, apresentaram composição química muito similar, porém com proporções distintas dos compostos 7-metoxicumarina, 5,7-dimetoxicumarina, 5-metoxipsoraleno e 5,8-dimetoxipsoraleno. Valores significativos quanto ao efeito anti-alimentar foram obtidos com a cera e a fração 4, com valores de CE50 de 24,69 e 21,91 mg/cm3, respectivamente. O número de protozoários simbiontes do gênero Foaina no intestino dos cupins foi significativamente reduzido nos tratamentos com a cera. Os resultados obtidos no presente trabalho sugerem que a cera de lima-ácida, um resíduo da indústria de cítricos, tem potencial para ser utilizado na proteção de madeira contra C. brevis.